quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Deixa pra lá!

Quem nunca se estressou por pouca coisa que atire a primeira pedra. Seja por uma ligação que não atendem, uma mensagem que demoram para responder, um motorista lerdo ou barbeiro no trânsito, um pedido que veio errado no restaurante, uma expectativa que não foi "cumprida" à altura de nossos desejos, uma noite mal dormida, uma palavra mal interpretada, uma indireta não percebida...e por aí vai...

Já percebeu quantas vezes ficamos emburrados por besteiras? E pior, quantas vezes descontamos esse nosso mau humor em quem não tem nada a ver com a história? Se nestes momentos nós conseguíssemos parar alguns segundos para pensar nisso, muita chateação poderia ser evitada ao invés de ser estendida.

Não estou dizendo que é proibido chatear-se ou que é preciso relevar tudo que incomoda. O que quero dizer é que precisamos (na maioria das vezes) evitar as reações exageradas. Às vezes uma pequena coisa pode ser resolvida com poucas palavras, um gesto no momento ou simplesmente deixando pra lá. Mas ao invés disso, acabamos transformando o que era pouco em uma tempestade em copo d’água.

Uma chateação que poderia acabar rapidamente pode estender-se por horas e dias de cara fechada. Sem contar aqueles dias em que tudo parece dar errado. Aí ficamos de mal com o mundo, achando que é uma conspiração contra nós. E descontamos nossa raiva em todos, mesmo naqueles que não têm ideia do que está acontecendo.

Mais uma vez repito: não é proibido ficar chateado. Mas já parou para pensar quanto tempo perdemos nessa vida ficando chateados por tantas pequenas coisas? Precisamos aprender relevar algumas coisas para sofrermos menos. Ao invés de ficarmos tentando nos convencer que temos mil razões para nos chatear, que tal procurar razões para ter mais momentos felizes? E fazer isso por nós mesmos!

Ficar triste faz mal à saúde. Portanto antes de fechar a cara, devemos pensar se vale a pena perder esse tempo de nossa vida com tristeza. Enquanto ficamos fechados em nosso mundinho de chateação, as pessoas continuam vivendo suas vidas. O mundo não vai parar e esperar que nosso mau humor passe.  Assim como o riso, o mau humor é contagioso. Então, qual você quer transmitir?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Comunicação: das cartas às mensagens inbox


Já parou para pensar como a forma das pessoas se comunicarem e se relacionarem muda rápido? Não vou nem voltar muito tempo para falar da evolução da comunicação. Vou apenas me deter no que presenciei desde que era criança.

Quando era criança lembro que quando eu queria falar com minhas vizinhas ou chamá-las para brincar, não usava telefone, internet ou celular. Eu apenas gritava o nome delas pela janela ou no portão de suas casas. Lembro até de uma vizinha que, até eu aprender seu nome, eu chamava de “menininha”. E a comunicação funcionava.

Na escola eram as trocas de bilhetes. Sem contar as diversas formas de comunicação não verbal que inventávamos para passar cola nas provas. Quando era aniversário de alguém ou na época de Natal, eram comuns as trocas de cartão (em papel mesmo, nada de virtual). Sem contar as cartas que trocava via correio com minha prima e minhas amigas. Cartas vindas de cidades a 100 km de distância e até do outro lado do mundo (que levava uma semana para chegar ao destino). Com as cartas eu me sentia mais perto destas pessoas, sabia das novidades e trocava confidências. 

Lembro, também, que por um período (década de 90) era comum as pessoas usarem o bip (pager), embora eu nunca tenha utilizado um. O telefone em casa era de discar, não tinha teclas nem visor digital. Telefone celular eu só tive quando estava no 2º ano da faculdade (1999). E só porque eu ganhei o que minha irmã não iria usar mais, pois eu não via necessidade de ter um no momento.

Internet eu tive acesso um ano antes do celular, quando entrei na faculdade. E, mesmo assim, o uso era restrito aos fins de semana ou só após meia-noite. E tinha que ter um pouco de paciência com a conexão discada até conseguir o acesso. E-mail quase não usava. O canal de comunicação instantânea principal era o ICQ. Só que, mesmo assim, não supria a comunicação via telefone. Ouvir a voz ao telefone de quem estava longe, ainda era melhor do que a conversa fria pelo computador.

Hoje tudo mudou. Não vivo sem meu celular. Telefone, quase não uso. Ou uso apenas para agendar consultas ou ligar para 0800 reclamando alguma coisa. (Não entra aqui o uso no trabalho, que aí é outra situação). E-mail é indispensável e qualquer coisa enviada por e-mail vira documento. Não posso deixar de citar o MSN (que foi anunciado seu fim recentemente) e o Orkut (quase em extinção). 

E o que falar do Facebook? Não precisa ser um intelectual para dizer que o Facebook revolucionou a comunicação. Eu não passo um dia sem acessar. É no Facebook que converso com meus amigos todos os dias. É onde combinamos encontros, marcamos festas, contamos as novidades, damos e recebemos conselhos. Mas é no Facebook também que sabemos da vida de todo mundo, sabemos se tal pessoa viajou, casou, separou, se teve filho, mudou de emprego etc.

É uma exposição grande estar no Facebook. Mas é um “risco” que você assume quando entra para a rede social. E sabendo usar com bom senso, é um ótimo espaço para você se sentir perto de quem mora longe ou então compartilhar seus momentos com os amigos e familiares. O Facebook dá as opções de privacidade para você ter em sua rede só quem realmente lhe interessa. Portanto, se o Facebook é bom ou ruim, é resultado de como cada um escolhe utilizá-lo. 

E com as mudanças rápidas na comunicação, será que o Facebook tem vida longa? Será que Google + vai fazer sucesso algum dia? Ou uma nova rede social virá para substituir todas as outras já citadas? Não tem como prever qual será o futuro da comunicação. Só sei que com tanta tecnologia, a comunicação ao vivo não é mais a mesma. E, mesmo em reuniões de amigos e família, muitos não desgrudam da vida virtual...Qual será o próximo passo? Façam suas apostas!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A arte de cativar e ser cativado


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.* Esta é uma frase que costumo citar bastante e há muitos anos ela já me acompanha. De tempos em tempos eu paro para pensar na força dessa afirmação e como é bom perceber quando essa frase faz sentido em minha vida. Em momentos diferentes. Para pessoas e situações diferentes.

Quando penso nestas três décadas já vividas, consigo lembrar de cada um que me cativou e que se deixou cativar por mim. Até mesmo pessoas que tive pouco tempo de convivência, que não vejo há anos...mas quando reencontro, percebo o carinho que existe. Pessoas que de alguma forma marcaram minha vida, ou tiveram suas vidas marcadas por algo que deixei nelas.

E como é gratificante você perceber que deixou algo de bom e perceber que isso é recíproco. Receber um convite de formatura ou de casamento de uma amiga que você conviveu diariamente por apenas um ano (ou pouco mais que isso) é a prova concreta de que “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Não consigo traduzir em palavras o quão gratificante é ser lembrada em momentos especiais como estes.

Quem não fica feliz ao ouvir um “fulano falou muito bem de você”? E como não sentir orgulho de si mesmo ao reencontrar ex-colegas de trabalho e saber que guardam boas lembranças de você? Sem contar o outro lado...Você consegue lembrar de pessoas que, mesmo com um pequeno gesto em algum momento de sua vida, deixaram uma lembrança especial?

Eu acho essa coisa de cativar e ser cativado uma das coisas mais maravilhosas dessa vida. Pensar que ninguém cruza nosso caminho por acaso. Sempre tem algo a deixar e algo a levar. E são as lembranças boas que ficam e contribuem para sermos quem somos. São as pessoas que nos cativam, que valem a pena. Seja por um dia ou por anos de convivência. Não importa o tempo, o que importa é como as pessoas nos marcam e permitem ser marcadas por nós.

*Retirada do livro (que também e um dos meus preferidos) “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry.

sábado, 15 de setembro de 2012

Trilha sonora da vida (parte 2)

Perfeita a letra desta música e diz muito sobre mim, como já escrevi em A poesia incompleta.





INCOMPLETE (Alanis Morissette)


One day I'll find relief
I'll be arrived
And I'll be a friend to my friends
Who know how to be friends

One day I'll be at peace
I'll be enlightened
And I'll be married with children
And maybe adopt

One day I will be healed
I will gather my wounds
Forge the end of tragic comedy

I have been running so sweaty my whole life
Urgent for a finish line
And I have been missing the rapture this whole time
Of being forever incomplete

One day my mind will retreat
And I'll know God
And I'll be constantly one
With her night dusk and day

One day I'll be secure
Like the women I see
On their 30th anniversaries

I have been running so sweaty my whole life
Urgent for a finish line
And I have been missing the rapture this whole time
Of being forever incomplete

Ever unfolding
Ever expanding
Ever adventurous
And torturous
But never done

One day I will speak freely
I'll be less afraid
And measured outside of my poems
And lyrics and art

One day I will be faith-filled
I'll be trusting and spacious
Authentic and grounded
And whole

I have been running so sweaty my whole life
Urgent for a finish line
And I have been missing the rapture this whole time
Of being forever incomplete


domingo, 9 de setembro de 2012

Palavras...qual é a sua?



Qual é a sua palavra? Li essa pergunta no livro “Comer, rezar, amar”. Um dos amigos que a autora fez em Roma a questionou sobre isso. Segundo ele, toda cidade e toda pessoa tem uma palavra que a define. Desde então, me questiono: qual é a minha palavra?

Várias palavras poderiam me descrever, mas não encontrei alguma que eu me empolgasse a ponto de dizer “sim, é essa!”. Também não sei se a palavra que nos define deve ser necessariamente empolgante. Não sei se deveria ser complexa ou simples. Talvez não tenha uma receita pronta para isso (o que é mais provável).

Acredito que encontrar nossa palavra envolve o sentir, não é nada racional que precise de uma explicação lógica para fazer sentido. Talvez a palavra já faça parte de nós, apenas precisa ser descoberta (ou sentida). Agora, falar sobre as palavras que definem fases ou momentos de nossa vida é mais fácil. Conseguiria criar uma lista imensa para descrever meus 32 anos de vida.

Porém se descrever é uma tarefa muito difícil, chega a ser um desafio para mim. Afinal, tem características nossas que não gostamos de assumir, aquelas características que não curtimos e que daríamos o mundo para mudá-las. Não mudamos, afinal é nossa essência, mas com o tempo aprendemos a lidar com isso e convivemos melhor com as situações.

Talvez minha palavra seja um verbo: “buscar”. No sentido mais amplo que se possa imaginar. Eu sempre estou em busca de alguma coisa, seja de melhorias internas, seja de uma qualificação, uma viagem, a realização de um sonho. Busca por respostas, por perguntas, por soluções e resoluções...uma busca que não tem fim.

Será mesmo esta a palavra? Não sei. E a incerteza é algo que me move a continuar buscando, não só a palavra (pois isso não é o mais importante)...mas buscando o que realmente faz minha vida valer a pena! E você, qual é a sua palavra?

domingo, 12 de agosto de 2012

Invente seu esmalte!

Quem me conhece bem, sabe que sou louca por esmaltes e não consigo ver novas cores e não comprar. Não só eu, como minhas irmãs também. Sabendo disso, uma prima compartilhou conosco uma foto de como criar um esmalte.


Uns dias depois minha irmã testou e criou um para ela. Eu adorei o resultado! Então eu decidi aproveitar uma sombra que não usava fazia muito tempo e ver como ficaria transformada em esmalte. Foi muito simples criar meu esmalte e já estou pensando em qual será o próximo que vou fazer.


antes da mistura
tentando não fazer muita bagunça

olha o resultado!

E aí, vai criar o seu esmalte também?

domingo, 15 de julho de 2012

Eleições e milhões


O que você faria se tivesse R$ 9 milhões? Com essa quantia de dinheiro daria para realizar muitos sonhos materiais, ajudar pessoas, viajar pelo mundo...são infinitas possibilidades, que eu mesma não consigo ter noção do que seria ter tanto dinheiro assim, nem de tudo que daria para fazer.

Eu diria que é dinheiro para a vida toda. Se bem investido e administrado, garantiria meu futuro e daria uma boa condição de vida para minha família e até para os filhos que ainda nem tenho. Seria bom demais!

Mas enquanto uns sonham em ter dinheiro para realizar muitas coisas, outros irão gastar todo esse valor em campanha eleitoral! Isso mesmo, aproximadamente R$ 9 milhões é quanto os seis candidatos à prefeitura de Ponta Grossa, juntos, irão gastar durante a campanha. Sendo que mais da metade deste valor (R$ 5 milhões) será gasto por apenas um candidato!

Quando li a notícia no jornal anunciando os custos das campanhas, o sentimento que ficou foi de indignação. Com tanta gente passando fome, saúde e educação precárias nesse país, pensar que R$ 9 milhões serão gastos apenas para levar um dos candidatos a ser prefeito da cidade é indignante!

Pior é pensar que muitos eleitores se deixarão influenciar pelas campanhas mais “bonitinhas” (e milionárias) para escolher seu candidato. Plano de governo, trajetória pública e política não entram muito nos critérios de decisão para algumas pessoas.

Na hora de escolher o candidato, que tal “perder” um pouco do seu tempo pesquisando sobre os candidatos? Com a internet é muito fácil conseguir informações relevantes para sua escolha. Descubra se o candidato já fez algo pela cidade (não apenas em período eleitoral). Pesquise sua história de vida e poderá perceber traços de personalidade e caráter.

Mas também seja cauteloso com as fontes de pesquisa, verifique se são confiáveis. Converse com as pessoas, peça opinião. Às vezes numa conversa informal, você pode conseguir informações importantes sobre eles. E, por fim, junte todas as informações coletadas, avalie-as e vote com a consciência tranquila de que fez a melhor escolha.

Não se deixe influenciar por brindes, festas, trocas de favores e promessas pessoais. Afinal de que adianta você ser “beneficiado” apenas uma vez a cada quatro anos e a cidade continuar com os mesmos problemas de sempre? Lembre-se: voto não tem preço, tem consequência!

domingo, 8 de julho de 2012

Comparações: o amor



O amor é igual a um elástico de borracha: nós ficamos puxando...alguém solta...e quem continuou segurando se machuca. Li essa frase no Facebook esses dias e fiquei pensando sobre ela. Uma comparação simples de entender e que, na minha visão, não se refere apenas ao amor entre um casal, mas para qualquer tipo de relacionamento (amizade, família, trabalho etc.).

Um relacionamento é feito sempre por duas pessoas e, para dar certo, tem que haver equilíbrio. Não existe bom relacionamento que dure se uma das partes se doa mais que o outro. Relacionamento, para ser bom, precisa de doação e valorização de ambas as partes. E indepentendemente das diferenças, os envolvidos precisam ter o mesmo objetivo sempre.

Se você quer mudar o outro ou se você tenta mudar a si mesmo para ter um relacionamento mais feliz, esqueça. Pode funcionar por algum tempo. Mas com o passar dos anos, você vai sentir o peso de segurar sozinho um relacionamento e o elástico vai arrebentar.

Ninguém pode amar pelo outro, ninguém pode exigir a atenção e carinho do outro se este não valoriza o que tem. Se você se preocupa, se dedica, valoriza e não recebe em troca na mesma proporção, alguma coisa está errada. E essa troca não precisa ser com os mesmos gestos, mas quando há equilíbrio no relacionamento, a gente sabe reconhecer que o outro valoriza da mesma forma que nós.

Por isso, não puxe com muita força o elástico se perceber que o outro lado não dispende a mesma força para segurá-lo. Valorize-se, tenha amor próprio e, mesmo que doa, solte o elástico antes que o outro solte e sua dor seja maior ainda. A dor faz parte de perdas, mas algumas perdas são importantes, para que você encontre a verdadeira e recíproca felicidade de um bom relacionamento.

domingo, 20 de maio de 2012

Como esquecer uma mágoa?


Certa vez li uma frase que dizia que “guardar mágoas é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”. Concordo com a afirmação. Afinal, quando se tem mágoa de alguém, a única pessoa que sofre com isso é aquela que a sente.

Enquanto a outra pessoa está vivendo a vida dela, você está aí sofrendo e se machucando cada vez mais somente por guardar uma mágoa. A outra pessoa pode não estar nem aí para você, nem se importar se você está magoada com ela e a vida dela continua, quer você esteja magoado ou não.

Ou ainda, a pessoa nem sabe ou percebeu que fez algo lhe magoou. Enquanto isso, você fica remoendo um sentimento aí dentro que só faz mal a você mesmo, mas o orgulho não lhe deixa ir atrás do outro para esclarecer qualquer mal entendido.

Na maioria das vezes você diz “o tempo é o melhor remédio”, “vamos deixar o tempo passar e tudo será esquecido”. Infelizmente o “milagroso remédio” chamado tempo não funciona para todos. Algumas pessoas não conseguem simplesmente passar por cima sem uma conversa, sem um esclarecimento da situação.

O mais certo a fazer seria perdoar o outro, mesmo que o outro não ache que deva pedir perdão. Perdoar tiraria um peso, liberaria você para deixar a mágoa para trás e seguir sua vida. Mas como fazer isso? Existe uma fórmula mágica para deixar todas as mágoas para trás? Algum remédio que faça sumir os sintomas?

Infelizmente, ainda, não sei a resposta para a pergunta do título e desconheço alguma mágica ou remédio para esse problema...Se alguém souber alguma coisa, por favor, compartilhe para que testes sejam feitos e mágoas sejam esquecidas...

sábado, 21 de abril de 2012

Deixa ir...


A vida é feita de ciclos. Pessoas vêm e vão. Por mais que você as queira por perto, não adianta insistir quando elas não querem mais. Relacionamento (e não estou falando somente de relacionamento amoroso) é construído pela vontade de duas pessoas. A partir do momento em que uma não quer mais, o relacionamento deixa de existir. 

Nestes momentos, muita gente tenta preservar este relacionamento que não existe mais cobrando atenção, cedendo ou aceitando situações absurdas em nome do sentimento que tem pelo outro. Mas infelizmente não percebe que tudo isso é em vão, afinal do outro lado a vontade de permanecer nesta relação já não existe mais.

Na ânsia de tentar não perder um relacionamento, o resultado é sofrimento e angústia. Dói perder um amor ou um grande amigo, mas dói muito mais lutar por uma situação que não tem mais volta. Dói muito mais lutar por alguém que não se importa mais por seus sentimentos, que não valoriza o tempo que você se dedicou ao relacionamento e lutar por quem não quer mais vibrar com suas conquistas ou lhe apoiar nos momentos difíceis.

É doloroso ver alguém em quem você confiou e dedicou atenção, de uma hora para outra virar um desconhecido. Mas precisamos aprender que tudo tem um fim. E na maioria das vezes não é o final feliz esperado. Se chegamos ao fim, não cabe mais a nós lutarmos para manter algo que já morreu. No começo fica a dor da perda, mas com o tempo ficarão as lembranças boas de algo que não volta mais.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Exageros


Costumo desconfiar de tudo que é exagerado. Especialmente sentimentos, sejam sentimentos bons ou ruins. Acredito que sentimentos exagerados não são totalmente verdadeiros e não são saudáveis.

A começar pelo ciúme. Ter ciúme do que ou de quem gostamos faz parte da natureza humana, afinal um pouco de cuidado e zelo é importante. Mas quando é exagerado (principalmente quando é de outra pessoa), vira um sentimento de posse. Ciúme exagerado pode matar um relacionamento (entre casais ou amigos). Pode também ser resultado de baixa autoestima do ciumento, que por não confiar na amizade ou amor do outro, acaba sufocando e perdendo o outro com cobranças e desconfianças sem fundamento. 

Raiva exagerada, por exemplo, pode significar o oposto. Uma pessoa que diz sentir muita raiva de outra e gosta de repetir o tempo todo isso, no fundo pode esconder um amor não correspondido.  Ou ainda usa a raiva misturada com um enorme orgulho que não a deixa ir atrás do outro para fazer as pazes ou resolver alguma pendência. 

Simpatia em excesso eu também desconfio. Sabe aquela pessoa que acabou de te conhecer e já vem te chamando de “amiga” pra cá, “querida” pra lá. Em pouco tempo já te contou a vida dela (ou dos outros), já disse ter milhões de coisas em comum e por aí vão os exageros. Não existe “amizade à primeira vista”! Amizade é coisa que se conquista com o tempo, não dá para forçar a barra. Amizade não se pede, simplesmente acontece.

Amor é outra coisa que também não acontece da noite para o dia. Paixão é repentina e com o tempo pode se transformar em amor. Mas neste caso eu me refiro a relacionamentos que acontecem muito rápidos. As pessoas mal se conhecem, já dizem eu te amo um ao outro. Com poucos dias de namoro já dizem que o outro é a vida, que o amor é para sempre. E um mês depois já terminaram, ou já estão com outro ou outra fazendo as mesmas promessas de amor.

Tudo que começa muito rápido, tem grande probabilidade de acabar muito rápido também. Portanto prefiro não pecar pelo exagero. Só digo que amo, quando realmente sinto. Só digo que tal pessoa é minha melhor amiga ou melhor amigo, se isso for de coração. Não sei fingir um sentimento e não finjo só para agradar os outros. Com o tempo e minhas experiências, aprendi a desconfiar de tudo que é exagerado sim, até que me provem que o sentimento (exagerado ou não) é verdadeiro.