segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A arte de cativar e ser cativado


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.* Esta é uma frase que costumo citar bastante e há muitos anos ela já me acompanha. De tempos em tempos eu paro para pensar na força dessa afirmação e como é bom perceber quando essa frase faz sentido em minha vida. Em momentos diferentes. Para pessoas e situações diferentes.

Quando penso nestas três décadas já vividas, consigo lembrar de cada um que me cativou e que se deixou cativar por mim. Até mesmo pessoas que tive pouco tempo de convivência, que não vejo há anos...mas quando reencontro, percebo o carinho que existe. Pessoas que de alguma forma marcaram minha vida, ou tiveram suas vidas marcadas por algo que deixei nelas.

E como é gratificante você perceber que deixou algo de bom e perceber que isso é recíproco. Receber um convite de formatura ou de casamento de uma amiga que você conviveu diariamente por apenas um ano (ou pouco mais que isso) é a prova concreta de que “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Não consigo traduzir em palavras o quão gratificante é ser lembrada em momentos especiais como estes.

Quem não fica feliz ao ouvir um “fulano falou muito bem de você”? E como não sentir orgulho de si mesmo ao reencontrar ex-colegas de trabalho e saber que guardam boas lembranças de você? Sem contar o outro lado...Você consegue lembrar de pessoas que, mesmo com um pequeno gesto em algum momento de sua vida, deixaram uma lembrança especial?

Eu acho essa coisa de cativar e ser cativado uma das coisas mais maravilhosas dessa vida. Pensar que ninguém cruza nosso caminho por acaso. Sempre tem algo a deixar e algo a levar. E são as lembranças boas que ficam e contribuem para sermos quem somos. São as pessoas que nos cativam, que valem a pena. Seja por um dia ou por anos de convivência. Não importa o tempo, o que importa é como as pessoas nos marcam e permitem ser marcadas por nós.

*Retirada do livro (que também e um dos meus preferidos) “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry.

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