Sim, eu curti a “brincadeira” da “Luiza está no Canadá”! Não tenho vergonha de assumir e, assim, parecer fútil ou burra como muitas pessoas estão falando por aí. Você me acha fútil por me divertir com algo tão tolo, não é? Fico muito preocupada com sua opinião. Será que fiquei menos inteligente por me divertir com mais uma modinha da internet? Melhor eu me cuidar, fazer parte disso pode afetar meus neurônios!
Enquanto muitas pessoas se divertiam falando da Luiza, outras se preocupavam em julgar quem estava participando da tal brincadeira. Eu compartilhei vídeos, reportagens e fiz piadinhas sobre a tal Luiza e sei que daqui um mês eu nem lembrarei quem ela era. E daí? Para que levar a vida tão a sério? Eu não tenho medo de parecer tola para os outros.
Tem muita coisa tola que me faz rir. Mas para os “intelectuais” de plantão, é um absurdo você se divertir com coisas tolas. Quem nunca riu de uma piadinha de loira, de português ou dos pontinhos? Quem nunca teve um ataque de riso sem saber o motivo? Ou começou a rir, simplesmente porque viu alguém rindo? E quando falamos alguma bobagem, que depois descobrimos que não tem graça nenhuma, mas que no momento parecia a coisa mais engraçada do mundo?
Mas a vida nos coloca sempre diante de pessoas julgadoras. As pessoas julgam pelo que vestimos, pelo nosso estilo do cabelo, pelo carro que temos ou não temos, pelas músicas que ouvimos ou pelo que assistimos. Lembro que quando eu fazia Jornalismo, um certo grupo achava eu e minhas amigas fúteis, só porque curtíamos pagode (e adoro um pagodinho até hoje).
Então achavam que éramos um bando de patricinhas, sem neurônios e incapazes de conhecer outros estilos musicais. Recordo-me que em uma apresentação de trabalho eles falavam sobre alguns músicos de samba de raiz e fizeram o seguinte comentário: “vocês não devem conhecer, né?”. Sim, eu conheço e adoro, fui criada ouvindo todos eles! Mas para eles, eu era fútil e não era tão culta como eles para tal conhecimento.
Por gostar de pagode até hoje escuto coisas do tipo. Quem foi que disse que só podemos ter um único gosto musical? Não é porque eu curto samba e pagode, que eu não posso ouvir rock. Meu computador tem os mais variados tipos de músicas. Eu, por exemplo, não suporto música eletrônica. Mas nem por isso vou julgar quem curte. Que graça teria essa vida se todos gostassem das mesmas coisas?
Enquanto por um lado rola um manifesto pela liberdade de expressão nas redes sociais, por conta dos projetos de lei SOPA (Stop Online Piracy Act) e o PIPA (Protect IP Act), por outro lado as pessoas se preocupam em julgar sua vida, querendo que você não seja quem você é. Somos livres, não?
Se você não gosta do que eu escrevo ou compartilho, não leia (existe essa opção no Facebook). Se você não quer ser julgado por suas preferências, não julgue. Apenas respeite. Ninguém é igual a ninguém e ninguém vai mudar só para lhe agradar. Apenas respeite as diferenças. Não seja tão mal humorado a ponto de ficar criticando todo mundo o tempo todo. Que mal há em rir de besteiras? Já dizia o ditado que “rir é o melhor remédio”!
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