A vida não é como um roteiro de novela ou filme, onde todo mundo sabe quem são os mocinhos e bandidos. Na vida real definir quem é “mocinho” ou “bandido” é muito subjetivo e depende muito mais do ponto de vista ou da experiência/convivência de cada um. Eu diria, ainda, que depende de compatibilidade de gênios, de afinidade ou da falta dela. Se nem Jesus Cristo agradou a todos, por que nós teríamos esta obrigação?
Ainda bem que “inventaram” essa tal afinidade, assim não somos obrigados a conviver com alguém que não simpatizamos ou fingir que amamos todo mundo. E justamente por não haver unanimidade na divisão de quem é “mocinho” ou “bandido” na vida real, ninguém é obrigado a odiar o outro só porque ele magoou/machucou seu amigo ou sua amiga.
Portanto ninguém tem o direito de pedir para o outro (mesmo que seja melhor amigo, pais, irmãos...) gostar ou desgostar de alguém conforme suas afinidades, mágoas, etc. Afinal quem é “mocinho” para mim pode ser “bandido” para meu amigo ou minha amiga e vice-versa.
Claro que às vezes tomamos as dores de quem é próximo, acabamos julgando o outro sem conhecer e podemos perder uma oportunidade de descobrir afinidades. Mas nada como o tempo e o bom senso para analisarmos cada situação, pois tudo pode ser reavaliado ao longo da vida e as pessoas podem ou não mudar de papel.
Ninguém é perfeito. Todos erramos e às vezes magoamos pessoas queridas, transformando-nos em “bandido” por algum tempo. Assim como “bandidos” se redimem e tornam-se exemplares “mocinhos”.
O importante é não se deixar influenciar por julgamentos de terceiros e seguir sua intuição sempre. O coração sempre tem a resposta para ajudar na escolha de quem devemos ter por perto. E lembre-se: nunca é tarde para voltar atrás e resgatar os “mocinhos” que se perderam pelo caminho.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
by Paulo Coelho
"Preciso viver todas as graças que Deus me deu hoje. A graça não pode
ser economizada. Não existe um banco onde depositamos as graças
recebidas, para utilizá-las de acordo com nossa vontade. Se eu não
usufruir destas bênçãos, vou perdê-las irremediavelmente.
Deus sabe que somos artistas da vida. Um dia nos dá formão para
esculturas, outro dia pincéis e tela, outro dia nos dá uma pena para
escrever. Mas jamais conseguiremos usar formão em telas, ou penas em
esculturas. A cada dia, o seu milagre. Preciso aceitar as bênçãos de
hoje, para criar o que tenho; se fizer isso com desapego e sem culpa,
amanhã receberei mais".
(Paulo Coelho)
p.s.: ainda sem inspiração...rs
ser economizada. Não existe um banco onde depositamos as graças
recebidas, para utilizá-las de acordo com nossa vontade. Se eu não
usufruir destas bênçãos, vou perdê-las irremediavelmente.
Deus sabe que somos artistas da vida. Um dia nos dá formão para
esculturas, outro dia pincéis e tela, outro dia nos dá uma pena para
escrever. Mas jamais conseguiremos usar formão em telas, ou penas em
esculturas. A cada dia, o seu milagre. Preciso aceitar as bênçãos de
hoje, para criar o que tenho; se fizer isso com desapego e sem culpa,
amanhã receberei mais".
(Paulo Coelho)
p.s.: ainda sem inspiração...rs
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
ISSO DE AMIZADE...
(Artur da Távola)
Ah, esse fenômeno instigante, o das amizades que se mantêm independentes da convivência. Será amizade? Será saudade comum dos anos vividos em amizade? Será saudade dos anos felizes ou uma afinidade que se espraia no tempo? Não sei responder. Sei que com algumas pessoas – poucas – há uma insistência teimosa em desejar ver, trocar idéias e experiências, creio, pela certeza da reciprocidade e do “ser aceito”.
Sim, talvez seja a certeza de ser aceito, uma das maiores necessidades humanas neste mundo de incompreensões. Talvez seja a necessidade da existência de certeza prévia de acolhimento ao que somos, como somos e ao que pensamos, o fermento da amizade. O mistério da amizade talvez resida no alívio que traz a existência de alguém que nos acolha. Digo acolha e, não, recolha – aí já seria dependência de um lado e paternalismo do outro.
Acolher significa receber de bom grado, previamente, sem julgamentos ou resistências. É molesto o fato de que os seres humanos vivam a julgar e que suas opiniões prévias interponham barreiras na comunicação, dificultando-a. O mistério da afinidade consiste na inexistência das resistências ao outro, mesmo quando haja discordância. Isso não deriva apenas de afeto. Quantas vezes há afeto entre as pessoas sem, porém, a aceitação natural, espontânea e prévia?
Verifique nas amizades tidas e vividas ao longo da vida, o que delas restou. Haverá muita vivencia, boa e má. Raramente, porém, restará a amizade... Com os anos, vão se tornando escassas as amizades que atravessaram o terreno íntimo que lhes é próprio sem arranhões e sem mágoas, restando, como fruto, após ingentes experiências humanas e existenciais, apenas – e já é tanto... – a amizade.
Amizade é o que resta da amizade.
P.S.: sem inspiração para escrever, reproduzo um texto recebido por email
Ah, esse fenômeno instigante, o das amizades que se mantêm independentes da convivência. Será amizade? Será saudade comum dos anos vividos em amizade? Será saudade dos anos felizes ou uma afinidade que se espraia no tempo? Não sei responder. Sei que com algumas pessoas – poucas – há uma insistência teimosa em desejar ver, trocar idéias e experiências, creio, pela certeza da reciprocidade e do “ser aceito”.
Sim, talvez seja a certeza de ser aceito, uma das maiores necessidades humanas neste mundo de incompreensões. Talvez seja a necessidade da existência de certeza prévia de acolhimento ao que somos, como somos e ao que pensamos, o fermento da amizade. O mistério da amizade talvez resida no alívio que traz a existência de alguém que nos acolha. Digo acolha e, não, recolha – aí já seria dependência de um lado e paternalismo do outro.
Acolher significa receber de bom grado, previamente, sem julgamentos ou resistências. É molesto o fato de que os seres humanos vivam a julgar e que suas opiniões prévias interponham barreiras na comunicação, dificultando-a. O mistério da afinidade consiste na inexistência das resistências ao outro, mesmo quando haja discordância. Isso não deriva apenas de afeto. Quantas vezes há afeto entre as pessoas sem, porém, a aceitação natural, espontânea e prévia?
Verifique nas amizades tidas e vividas ao longo da vida, o que delas restou. Haverá muita vivencia, boa e má. Raramente, porém, restará a amizade... Com os anos, vão se tornando escassas as amizades que atravessaram o terreno íntimo que lhes é próprio sem arranhões e sem mágoas, restando, como fruto, após ingentes experiências humanas e existenciais, apenas – e já é tanto... – a amizade.
Amizade é o que resta da amizade.
P.S.: sem inspiração para escrever, reproduzo um texto recebido por email
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